SILVIO CONSTANTE
24° Presidente
09 de janeiro de 1985 a 03 de janeiro de 1987
O Livro nº 9, em suas páginas 44 verso a 49 verso, contém a ata e as assinaturas dos associados da Associação Comercial e Industrial de Anápolis que elegeram a sua Diretoria para o biênio 1985 – 1986.
Diz o documento que, depois de cumprida as formalidades estatutárias, com a publicação dos editais para a realização da Assembléia Geral da entidade, para o fim especial de eleger a sua nova Diretoria, para o período de 1985 e 1986, o ato foi realizado no dia aprazado, 9 de janeiro de 1985, no salão nobre da própria Associação, à Rua Manoel D’Abadia, 335, sob a Presidência do Sr. Nylson Teixeira.
Constituída a Mesa diretora com a nomeação dos associados Márcio Brandão, Devais Pereira Cortes e Luiz Gonzaga Vilaça, sob a presidência do primeiro, para a direção dos trabalhos. A votação transcorreu normalmente, sem qualquer incidente. Votaram 416 associados, que sufragaram a chapa inscrita, encabeçada por Sílvio Constante, mais os companheiros, Gilson Teixeira do Amaral Brito, Ridoval Darci Chierelotto, José Epaminondas Costa, Washington Gomes Barbosa, Antônio Heli de Oliveira, Deocleciano Moreira Alves, Wilmar Jardim de Carvalho, José Marreto, André Luiz Campos, João de Lima, Wellington Constante, Willian O’Dwyer, Cornélio Pereira Maciel, Mardocheu Sócrates Diniz, Marcos Antônio Atanázio, Ezir Campos, Hilton Rezende, Nassim Miguel, Minervino F. Oliveira, Washinton Constante, Adão Folador, Luciano S. Amaral Brito, Joaquim José Brandão, Ary de Almeida Oliveira, Waldyr O’Dwyer, João A. Martins, Túlio Siqueira Farinha, Divino F. Gomes, João Lopes Rabelo, Georges Hajjar, Rui Bueno Gomes, José Carlos Borges.
CONSELHO CONSULTIVO: Nylson Teixeira, Ruy Abdalla, Sultan Falluh, Nelson de Abreu, Mounir Naoum, Ilion Fleury, Edwirges Soares, Jonas Ferreira Alves Duarte, Adão Vargas Rodrigues, Antônio Eustáquio Braga, Carlos César Toledo, Eder Abrão, Fued Tuma, Geraldo César de Oliveira, Geraldo Pedro de Souza, Jeiel Montalvão, João Batista Alonso, João Itagiba Nunes, Jorge Cecílio Daher, Josafá Cândido de Souza, José Pedro Toschi, Josias Moreira Braga, Luiz Antônio Steckelberg, Manoel Wanderick Correia, Said Vieira Borges, Salvador Torres Visiedo, Vandir Estácio Maia, Wilmar Guimarães Júnior.
CONSELHO FISCAL: Enos Lopes Mendonça, Geraldo Rosa, Jovem Rosa de Oliveira, Luiz Antônio de Carvalho, Mário Floriano Zendron, Braz Eurípedes Costa, Carmo Miranda Ribeiro, João Daguer, Nivaldo Mendes Francisco, Pedro Moreira dos Santos, Seguem as assinaturas, em número de 453, sendo 37 a mais dos declarados votantes, conforme conta às paginas 45 vº a 49 verso.
Na última pagina do livro 9 está o termo de posse, com data de 27 de fevereiro, com as assinaturas do Presidente Nylson Teixeira e do novo, Sílvio Constante.
BIÊNIO 1985 – 1986
A história da Associação Comercial e Industrial de Anápolis, no período de 1985 – 1986 seguiu o seu curso normal, sem alterações modificadoras.
A situação política não lhe era favorável e todo o trabalho de desenvolvimento foi de natureza doméstica, preocupado com as incidências que afetaram o setor empresarial.
Muitos projetos que vinham se arrastando, de interesse da entidade e, também, da população, ao término do biênio, foram complementados.
Assim, a conclusão do Terminal Rodoviário, construído na administração do Governador Ari Valadão, estando na fase de cobertura, com o governo do Sr. Iris Resende, ficou paralisado, por três anos, somente concluído com a ação do anapolino Onofre Quinan, quando assumiu a governadoria do Estado.
É oportuno registrar o que a Ata da reunião ocorrida em 13 de março de 1985, onde está escrito:
“TERMINAL RODOVIÁRIO – O Diretor Geraldo Pedro de Souza pediu que uma comissão da ACIA cobre do Governador a conclusão do terminal rodoviário de Anápolis. O Diretor André Luiz Campos informou-lhe que uma comissão já esteve com o Governador e este ter dito não ter condições de terminar a rodoviária.”
Do mesmo modo, outra reivindicação antiga de Anápolis era o asfaltamento da BR-414, partindo de Anápolis para Niqueencia, passando por Corumbá e Cocalzinho.
Foi no período do Governo de Onofre Quinan que se obteve a realização do projeto, parcialmente, com o asfaltamento da rodovia até a fábrica de cimento.
É o que está escrito na Ata da reunião do dia 09 de outubro de 1985:
“BR -414:
O Diretor Washington Gomes Barbosa comunicou que no dia 11 de outubro o Governador em Exercício, Onofre Quinan, virá a Anápolis para a assinatura do convênio e ordem de serviço para o asfaltamento da BR-414, Anápolis – Corumbá. A diretoria deve comparecer ao evento. O Presidente determinou envio de ofício de agradecimento ao Deputado Fernando Cunha Júnior pelo seu relevante trabalho para que esse asfaltamento seja realizado.”
Um assunto que movimentou a cidade foi o projeto do então Vereador, Dr. Waldyr de Moura em mudar o nome da Avenida Brasil para Tancredo Neves. O assunto repercutiu na Associação Comercial que reagiu, energicamente, aniquilando a proposta.
Na época ocorreram algumas irregularidades que motivaram ações oportunas dos empresários, que, através da ACIA, neutralizaram, em parte, as arbitrariedades. Assim os abusos e violência fiscais, denunciados pelo Diretor Geraldo Pedro de Souza, como está registrado na ata de 17 de abril de 1985:
“O diretor Geraldo Pedro de Souza falou das arbitrariedades cometidas pelos fiscais, acompanhados de policiais.”
Por sua vez o Diretor André Luiz Campos fez registrar em ata do dia 22 de maio de 1985, outra ocorrência grave, incidente sobre a população, castigada por tantas arbitrariedades:
“MULTAS:
O Diretor André Luiz Campos disse que há uma verdadeira indústria de multas de trânsito em Anápolis, com grupos de guardas postados em cada quarteirão, com a agravante de que o município não tem qualquer participação no dinheiro arrecadado.”
Durante o período mereceram discussões, estudos e algumas providências, assuntos ligados à microempresa, permanência de camelôs no centro da cidade, autonomia política do município, pretensão do prefeito Anapolino de Faria fechar o Tiro de Guerra, propostas de instalações de indústrias de esmagamento de soja, de cortume e outras, no Daia, industrialização de Brasília, interesse da Secretaria da Indústria e Comercio incentivar o distrito industrial de Luziânia, construção de presídio, debates com os candidatos a Prefeito de Anápolis, Adhemar Santillo, Pedro Canedo, Rubens Otoni e Fernando Ivan, corredor de exportação.
No período houve, sim, nomeações de muitas comissões mas poucas soluções foram apresentadas. Sobre o Daia houve anúncios de muitas propostas, cartas de intenções, porém na realidade não passou de sondagens de interessados em usufruírem privilêncios e incentivos fiscais.
Tanto assim que o projeto de Décio Porto em instalar no Daia uma usina de esmagamento de soja, por ele e seus filhos, na própria Acia foi anunciado que o projeto seria transferido para Luziânia, onde havia mais compensação. Também, a Wosgrau, com desejo idêntico, refluiu, e nada foi feito.
No ano de 1985 foram realizadas 39 reuniões, ordinárias e extraordinárias; sendo 36 presididas pelo Sr. Sílvio Constante e 03 pelo Sr. Nylson Teixeira.
Foram admitidos 83 novos associados e 80 foram desclassificados. A média de frequênci às reuniões foi de 18,12%.
No ano de 1986 foram realizadas 36 reuniões, ordinárias e extraordinárias, sendo 30 presididas por Sílvio Constante, 04 por Gilson Teixeira do Amaral Brito, 01 por José Epaminondas Costa e 01 por Ridoval Darci Chierelotto. A média de freqüência foi de 19,26% de diretores às reuniões.
Como nos anos anteriores a correspondência, expedida e recebida, foi volumosa. Cogitou-se, também, das comemorações do cinqüentenário da ACIA, exposição agro-pecuária, reforço do fornecimento de energia elétrica para o DAIA, retirada da Charqueada Santana do perímetro urbano, plano integrado de transporte urbano, aproximação com o Banco do Brasil e eleições da nova diretoria.