Home / NILSON TEIXEIRA

NILSON TEIXEIRA

NILSON TEIXEIRA
23° Presidente

26 de janeiro de 1983 a 09 de janeiro de 1985

Consta do Livro nº 9, às fls. 39 verso e 43 verso a ata que registra a Ata de eleição da Diretoria da Associação Comercial e Industrial de Anápolis para o período de 1983 a 1984, cujo resultado foi o seguinte:

Após instalada a Assembléia dos Associados, obedecidas as formalidades estatutárias com a publicações de editais de convocação, no dia 26 de janeiro de 1983, no salão nobre da sede da entidade, sob a Presidência do Sr. Ruy Abdalla foi instalada a sessão.

Em seguida foi indicado o Capitão Waldir O’dwyer para presidir a assembléia, que cogitou, inicialmente da discussão e aprovação das contas da Diretoria que terminava o seu mandato, e logo passou ao processo de votação. Segundo o que está escrito, o pleito transcorreu sem incidentes, apurando-se, afinal, que votaram 446 associados, proclamando-se eleitos os seguintes Diretores, componentes da chapa liderada por Nilson Teixeira, Silvio Constante, Wilmar Jardim de Carvalho, Gilson Teixeira do Amaral Brito, Ridoval Darci Chierelotto, Fernando Rabelo, Jalme Fernandes, José Marreto, Cássio Seixas Pinto Junior, Syrio Quinan, Washington Gomes Barbosa, Wellington Constante, Wilson Silva Rosa, Cornélio Pereira Maciel, Dilmar Ferreira, Nassim Miguel, Mardocheu Sócrates Diniz, Maurício Veloso, Minervino F. de Oliveira, Paulo Albernaz Rocha, Antônio José Brandão, Mário Floriano Zendron, Waldir O’dwyer, João Alberto Martins, Túlio Siqueira de Farinha, Ruy Bueno Gomes, João Lopes Rabelo, Pedro Moreira dos Santos, José Epaminondas Costa, Neiron de Souza e Silva, Ruy Abdalla, José Abdalla Júnior, Jovem Rosa de Oliveira, Luiz Antônio de Carvalho, Manoel Vanderik Correia, Massay Oshi Tabata, Otávio de Oliveira Vilas Boas, Paulo de Souza Couto, Paulo Jensen Barbosa, Wlady Camelo Adorno, Wilmar Guimarães Junior, Adão Vargas Rodrigues, Antônio Luiz Sanitá, Edgard Lourencini, Carlos de Oliveira Avila, Carmo Miranda Ribeiro, Deocleciano Moreira Alves, Halim Helou, Jamil Abrahão, João Batista Machado, João Batista de Souza, Emídio Braz Eurípedes Costa, Enos Lopes de Mendonça, Georges Hajjar, Ivan Rabello, Jair Spósito, Ary de Almeida Oliveira, Euclides João Moschini, Fued Tuma, Ronaldo Franchini, Rilmar José Gomes. Seguem-se 55 associados, votantes, assinaram a ata.

À pagina 44, desse Livro nº 9, está um lacônico Termo de Posse, assim escrito:

“TERMO DE POSSE – Por este termo com base nos estatutos, o Presidente Ruy Abdalla declara empossado na Presidência da Associação Comercial e Industrial de Anápolis, o empresário Nylson Teixeira, e membros do Conselho Consultivo e Fiscal, Eleitos pela Assembléia Geral, em 26 de janeiro de 1983, com mandato até fevereiro de 1985.

Assinado Ruy Abdalla
Ilegível

BIÊNIO 1983 – 1984

O biênio de 1983 a 1984, da Associação Comercial e Industrial de Anápolis, sob a presidência do Bacharel Nylson Teixeira foi assinalado pela rotina, sobretudo em decorrência da perda de entusiasmo na realização de grandes empreendimentos, e pela troca da administração no governo, que resultou na ausência de representantes de Anápolis na direção da Secretaria de Indústria e Comercio e do Goiás Industrial, responsáveis pelo desenvolvimento do nosso Distrito Agro-Industrial.

Alguns assuntos, de natureza doméstica, mereceram atenções dos dirigentes da ACIA. Assim, protestos do Diretor Túlio Siqueira Farinha contra as incursões de funcionários da Federação do Comércio de Goiás tentando aliciar comerciantes para filiarem, diretamente, àquela entidade.

Reclamações, constantes, sobre conseguir asfaltamento para a BR – 414, Anápolis, Corumbá, somente realizado quando o Sr. Onofre Quinan assumiu o governo e assinou a ordem de serviço. Do mesmo modo, a melhoria asfáltica para as rodovias de Anápolis-Leopoldo de Bulhões e Nerópolis.

Denúncias de que o Secretário da Indústria de Goiás favorecia a implantação do núcleo de industrialização em Luziânia, em prejuízo do DAIA, esquecido.

Paralisação das obras da Estação Rodoviária de Anápolis, só concluídas quando Onofre Quinan assumiu o governo.

Por outro lado, durante meses, os comerciantes e industriais de Anápolis padeceram com uma estranha e violenta fiscalização de agentes do Estado, sempre acompanhados de aparato policial. Foram diversos os “memoriais” enviados às autoridades, inclusive alguns entregues, pessoalmente, ao governador Iris Resende.

Na reunião ordinária, realizada no dia 25 de janeiro de 1984, no tópico “Fiscalização”, assinalado em ata, está escrito:

“Para o Diretor Washington Barbosa, este trabalho fiscal afugenta os investidores da cidade e, para ele, o Governador tem idêntica responsabilidade nessa onda de fiscalização”.

No período a Associação manteve volumosa correspondência epistolar, redigiu muitos “manifestos” e não teve maior volume de operações, ressentindo-se com a perda de associados.

No ano de 1983 realizou 41 reuniões, ordinárias e extraordinárias, sendo 30, presididas por Nylson Teixeira, 04 por Gilson Teixeira do Amaral Brito, 05 por Sílvio Constante e 02 por Ruy Abdalla.

Foram admitidos apenas 79 novos associados contra 81 desclassificados. A média dea freqüência dos associados às reuniões foi de 16,25%.
No ano seguinte, 1984, foram realizadas 43 reuniões, sendo 37 presididas por Nylson Teixeira e 03 pelo Sr. Sílvio Constante. Entraram para a Associação 119 novos associados e se retiraram 72. A média de freqüência foi de 16.08%.

Sobre a administração do Dr. Nylson Teixeira, segue o que foi publicado na edição nº. 19, do jornal “Folha Empresarial”, de fevereiro de 1986, em pagina 09.

NILSON TEIXEIRA FALA DE SUA GESTÃO

“Quando, na acanhada Anápolis de 1936, os nossos pioneiros fundavam a Associação Comercial, talvez não pudessem imaginar que estavam lançando a semente de um organismo que aos poucos viria tornar-se o mais dinâmico veículo de representação comunitária do Estado.

O progresso da cidade, nessa metade de século, foi surpreendente. Passou a constituir-se num dos mais importantes entrepostos comerciais do Centro-Oeste, e entre os catalisadores desse processo de desenvolvimento podemos relacionar a chegada da ferrovia, que transformou Anápolis em ponta-de-lança do avanço agropecuário de todo o médio-norte e norte do Estado, dos quais ainda é o principal pólo de abastecimento e escoamento; o desenvolvimento rodoviário, que a partir da década de 50, nos ligou por asfalto a todo país; a construção do DAIA, que, apesar da profunda recessão que nos assola, vem realizando o nosso sonho de industrialização.

Nessa dinâmica, verificamos a todo o tempo uma ininterrupta atividade galvanizadora da ACIA, desde seus primórdios heróicos até os dias de hoje, num trabalho incessante, reivindicando ou apoiando, na costura diária dos problemas e soluções da vida regional. Trabalho que é insensível apenas aos descrentes e pessimistas de toda sorte.

Há muitos anos, percebendo o valor da entidade para a vida econômica da cidade, passei a participar de suas atividades e, em 1983, estimulado pelos companheiros, assumi a liderança da casa por um difícil, mas gratificante período em que, apoiado por uma corajosa diretoria, buscou-se implementar um pretensioso plano de trabalho. Mas, a um objetivo foi dispensado esforço especial: o desenvolvimento industrial. Procuramos não clamar no deserto. À medida que o atual Governo resgatou as finanças do caos, iniciamos uma insistente reivindicação para que se criassem instrumentos fiscais e de crédito, capazes de provocar investimentos agroindustriais, saída menos penosa para o nosso angustiante estado de vendedores de matéria prima.

Quando o Governo do Estado, em fevereiro de 1985, ao abrir o 1º. Encontro da Indústria e Comércio de Anápolis assinou o decreto de regulamentação do FOMENTAR, oferecendo aos investidores condições excepcionais para a instalação de indústrias no Estado e, com mais vantagem ainda, no DAIA, mais uma grande vitória podia ser cantada pela ACIA, depois de dois anos de duro trabalho. Tínhamos, enfim, a arma necessária na luta contra a política de concentração econômica, em prática há décadas, e exacerbada no período autoritário.

Voltam então o Estado e, de forma especial, Anápolis a receberem os investimentos necessários. Hoje, após um ano, o FOMENTAR já aprovou mais de 50 projetos industriais, dos quais 15 estão instalando-se aqui, numa demonstração de que um futuro promissor nos aguarda e aos nossos filhos, desde que a coragem e o descortino dos pioneiros de 1936 continuem a modelar nossa faina.”